Cidades-sede da Copa, Rio e Belo Horizonte imitam SP e param por causa da chuva e do vento

Efeito cascata – Na última terça-feira (7), a cidade de São Paulo foi alvejada por chuva intensa e ventania forte. Foi o suficiente para que uma das maiores cidades do planeta ficasse paralisada por conta da interrupção no fornecimento de energia elétrica, provocado pela queda de árvores e consequentes danos à rede de distribuição. Quarenta e oito horas depois da tragédia, vários bairros paulistanos continuavam às escuras. Diante do caos, o ucho.info voltou a defender a tese de que o Brasil não tem condições de sediar eventos da magnitude da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos.

Quando as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo disputavam o direito de ser a sede provisória da FIFA durante a Copa de 2014, o prefeito carioca Eduardo Paes (PMDB), falastrão conhecido, disse em tom de deboche “Chinelada na paulistada. É humilhante… Mostro a vista e mostro um negócio desses. Vai levar o que pra São Paulo?”. De fato o alcaide da Cidade Maravilhosa tem razão, pois a capital paulista é uma metrópole repleta de mazelas, muitas das quais continuam prevalecendo no rastro da incompetência do Estado.

No começo da noite de quinta-feira (9), a cidade do Rio de Janeiro esteve durante algumas horas sob forte chuva, o que provocou queda de árvores, interrupção no fornecimento de energia elétrica, feridos e um morto. Na manhã desta sexta-feira (10), pelo menos sete bairros cariocas continuavam sem luz. Ou seja, a chinelada de Eduardo Paes na “paulistada” teve um efeito bumerangue.

Para reforçar a nossa tese de que o País não qualquer condição de sediar eventos grandiosos, situação idêntica às que ocorreram em São Paulo e no Rio de Janeiro pegou de surpresa os moradores de Belo Horizonte. Por causa da chuva e do vento forte, árvores caíram e vários bairros ficaram sem energia. E não é necessário destacar que nas três importantes cidades o trânsito piorou consideravelmente em função da tragédia que teve como berço a falta de infraestrutura. O que mostra que o Brasil está longe de ser um país impermeável.