Defensora repentina do sigilo eterno de informações, Dilma está por trás da criação da Comissão da Verdade

Fio trocado – Há no mínimo algo estranho por trás da decisão da presidente Dilma Rousseff de defender o sigilo eterno para um segmento de documentos e informações de Estado, que deveriam ser franqueadas à opinião pública, de acordo com projeto aprovado na Câmara dos Deputados e agora, por ordem do palácio do Planalto, começa a tropeçar no Senado Federal.

Ex-presidentes da República, José Sarney e Fernando Collor de Mello defendem o sigilo eterno, pois alegam que a divulgação de determinadas informações causaria danos irreparáveis. Conversa fiada da pior qualidade, pois nada pode existir de tão macabro nos segredos da República a ponto de causar um estrago monumental.

Conhecidos filhotes da ditadura, Sarney e Collor por certo enviaram ao exterior, durante a era plúmbea brasileira, documentos que certamente aniquilam os currículos nada ortodoxos de cada um.

Contrariando decisão de seu antecessor, Dilma Rousseff mudou de ideia e passou a defender o mencionado sigilo documental, decisão que a presidente tem externado através de um obsequioso silêncio. Trata-se de mais uma incoerência dos atuais donos do poder, que insistem na criação e instalação da Comissão da Verdade, cujo objetivo é promover implacável perseguição os militares, sem que seja respeitada a Lei de Anistia, que beneficiou todos os envolvidos no mais negro período da história brasileira.

A repentina mudança de opinião pode ser explicada pelo fato de que a divulgação da documentação secreta poderia expor alguns conhecidos integrantes da esquerda, os quais, diante da pressão militar, feriram o código de honra e delataram companheiros como forma de salvar a própria vida.