Líder do PPS sugere a governador gaúcho contratar Battisti para a área de segurança

Tarso defende visto – Líder da bancada do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR) fez uma provocação ao governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT). Depois de saber que Cesare Battisti recebeu visto de trabalho no Brasil. Bueno sugeriu que o governador gaúcho contrate o ex-terrorista italiano. “Quem sabe agora, com a concessão do visto, Tarso Genro contrate Cesare Battisti para comandar algum órgão de segurança do Rio Grande do Sul”.

“O Brasil virou refúgio para criminosos de todo o mundo”. Na avaliação do deputado, Battisti é um criminoso comum que cometeu assassinatos e atos de terrorismo na Itália em pleno regime democrático. “O Brasil vem cometendo uma série de erros gravíssimos nesse caso. Primeiro o ex-presidente Lula negou a extradição de Battisti e depois o STF descumpriu acordos internacionais ao referendar a decisão do Executivo”, relembrou Rubens Bueno.

Em declaração dada nesta tarde a jornalistas, o ex-ministro da Justiça Tarso Genro, disse que considera justa a decisão tomada nesta quarta-feira (22), pelo Conselho Nacional de Imigração (CNIg), de conceder autorização de permanência no país a Battisti. A autorização é agora submetida ao Ministério da Justiça a quem compete emitir o visto permanente.

As declarações de Tarso Genro foram feitas após reunião com a presidente Dilma Rousseff para tratar de assuntos do Rio Grande do Sul e de mudanças na alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) com a finalidade de por fim à chamada “guerra fiscal” entre os estados.

De acordo com o site do “DCI”, ao ser informado sobre a decisão do conselho, Tarso comentou que Battisti “merece” ficar no país para trabalhar. Tarso também destacou como positiva a atuação do STF no caso, inclusive por deixar para o presidente da República a decisão final. “Tenho a dizer que o Supremo agiu corretamente, de acordo com as normas de direito público internacional e agiu corretamente em outorgar ao presidente da República a decisão, em última instância, a respeito desse assunto, que era uma das questões que fundamentava meu parecer quando ministro da Justiça”, disse.