Compasso de espera – Na conversa que manteve com o vice-presidente da República, Michel Temer, em um hotel de Vitória, na semana passada, o ex-governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), manifestou o desejo de concorrer à prefeitura de Vitória nas eleições de 2012. Mas não obteve apoio do vice.
Temer não manifestou nenhuma posição nem incentivou Hartung. Disse apenas “muito bem”. O vice-presidente não poderia incentivar nenhuma candidatura para evitar criar problemas para a base de apoio da presidente Dilma Rousseff.
O fato foi relatado à “Agência Congresso” por deputados presentes ao encontro. “Teme não pediu a ele (PH) para concorrer. Até porque estaria cometendo um erro grave. O PT é o partido da presidente Dilma”, afirmou a mesma fonte.
Diante do quadro, permanece o impasse em torno da sucessão na capital. A situação sem definição deverá continua até a data final das convenções partidárias. Mas de acordo com Renata Oliveira, do site “SéculoDiário”, com o governador Renato Casagrande (PSB) às voltas com os desgastes ocorridos em sua imagem nas últimas semanas, o campo fica livre para que o nome de Hartung figure bem colocado na vitrine política do Estado. “A um ano e quatro meses das eleições, todo mundo está tocando seu barco, sem tomar conhecimento de Hartung”.
Na avaliação de Renata, Hartung pode até conseguir fazer com que Luciano Rezende (PPS), e até Max da Mata (PSD), desistam da eleição, mas a conversa com Iriny Lopes (PT) e Cesar Colnago (PSDB) será diferente. Até mesmo também com Manato (PDT), que saiu magoado com o ex-governador da eleição passada, quando não recebeu apoio para sua reeleição para a Câmara dos Deputados e agora não se sente obrigado a obedecer esquema nenhum, além do dele próprio.