Consumidor beira a insolvência e mercado registra 9,8 milhões de cheques devolvidos no 1º semestre

No vermelho – No final de 2008, quando Luiz Inácio da Silva ocupou os meios de comunicação para pedir aos brasileiros a manutenção do consumo em níveis elevados, como forma de evitar os reflexos da crise financeira internacional, os jornalistas do ucho.info foram uníssonos ao alertar para perigo do endividamento das famílias e a disparada da inadimplência. Na ocasião, Lula disse que os críticos torciam contra o Brasil. Diferentemente do pensa o ex-presidente Lula, o papel da imprensa é fiscalizar o poder e seus ocupantes, além de mostrar ao povo as armadilhas políticas.

Passados quase três anos daquele fatídico pedido presidencial, o Brasil vive situação inusitada em termos de endividamento, que atingiu níveis recordes. Não bastasse o que os brasileiros devem na praça – o volume de crédito beira os 50% do PIB – a inadimplência começa a preocupar os bancos e instituições financeiras, que há alguns meses deflagraram campanhas educativas para minimizar o índice de calote por parte dos tomadores de crédito e financiamento.

Para provar que, ao contrário do que disse Lula, o ucho.info não torce contra o País, nesta quarta-feira (20) a Serasa Experian divulgou informação sobre o volume de cheques devolvidos no primeiro semestre do ano. De janeiro a junho, 9,8 milhões de cheques foram devolvidos por falta de fundos, o que representa crescimento de 1,93% dos cheques que no período transitaram pela compensação. Esse índice é o maior desde 2009, quando houve 2,30% de devoluções.

Em comparação aos primeiros seis meses de 2010, a Serasa detectou uma ligeira elevação, pois naquele período 1,87% dos cheques compensados foram devolvidos por falta de fundos. Em números absolutos a Serasa Experian registrou queda no volume de cheques não pagos. No primeiro semestre de 2010 foram devolvidos 10,5 milhões de cheques, contra os atuais 9,8 milhões deste ano.