Dilma avança na assepsia do Ministério dos Transportes e novos nomes estão na mira da degola

Mais cabeças rolam – Há um novo trocadilho em Brasília que remete à sequência de demissões no Ministério dos Transportes. “Se há suspeitas, DNIT”, no lugar de “demite”. O processo de limpeza atingiu mais três cabeças, que rolaram no Ministério dos Transportes. São eles: Cleilson Queiroz e Pedro Ivan Guimarães Rogedo, da Valec, braço do ministério ligado ao sistema ferroviário, e outro apadrinhado do secretário-geral do PR, Valdemar Costa Neto (SP), Eduardo Lopes, que deixou a pasta.

O resultado da faxina, que está sob a responsabilidade do ministro Paulo Sérgio Passos, atingiu a marca de quinze exonerações. O Diário Oficial da União (DOU), no caso das exonerações de Eduardo Lopes e Ivan Guimarães Rogedo, traz a informação de que ambos saíram por iniciativa própria, com o intuito de caracterizar que não foram sumariamente demitidos.

Restam em estágio demissionário o diretor-geral do Departamento de Infraestrutura Nacional de Transporte (DNIT), Luiz Antônio Pagot, e o diretor-presidente da Valec, José Francisco das Neves. As denúncias de corrupção no ministério foram divulgadas pela revista “Veja”, que apontou o esquema comandado por Valdemar Costa Neto e que desviou cerca de 5% do montante relativo a contratos do DNIT e da Valec para o PR.

As acusações que provocaram a renúncia do ministro Alfredo Nascimento emergiram no dia 2 de julho, quando a publicação semanal revelou um suposto esquema de cobrança de propinas em obras federais da pasta. Mas Nascimento foi ejetado do ministério no dia 6 de julho, quando reportagem do jornal “O Globo” revelou que o patrimônio do filho do ministro, Gustavo Morais Pereira, cresceu 86.500% em dois anos. Paulo Sérgio Passos, secretário-executivo do Ministério dos Transportes, substituiu Nascimento.

Mais cabeças estão fadadas a rolar nessa interminável faxina determinada pela presidente Dilma Rousseff. Quais serão as próximas?