Para a gaveta – No início da atual legislatura muito se falou em reforma polícia, mas o ucho.info, a exemplo de vários outros veículos de comunicação, afirmou que se tratava de mais um discurso cujo objetivo era ludibriar a opinião pública. Nesta quarta-feira (24), a Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal rejeitou a proposta de financiamento público de campanha. Enviado ao arquivo, o Projeto de Lei do Senado 268/11 estabelecia o financiamento público exclusivo nas campanhas eleitorais.
Durante o processo de votação na CCJ, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse que o financiamento público representava uma oportunidade de moralizar a política. Relator da matéria, o senador Aloysio Nunes Ferreira Filho (PSDB-SP) rebateu a tese de que o financiamento público de campanha inibiria a corrupção durante as eleições. “Essa história de que o financiamento público é a complementação da chamada faxina é conversa mole pra boi dormir”, declarou o senador tucano.
Com a derrubada do projeto, o que era esperado, a política continuará na condição de largo e milionário balcão de negócios, no qual operam aqueles que são eleitos para defender os interesses do povo e da nação. Com isso as campanhas eleitorais continuarão custando verdadeiras fortunas, situação que obriga os candidatos a se comprometerem a dar a contrapartida aos seus financiadores, muitas vezes interessados em situações que atentam contra a democracia e os interesses da população.