Ato contra corrupção reúne 25 mil pessoas, lembra Jaqueline e pede afastamento de Teixeira da CBF

Marcha da cidadania – “Você aí parado, também já foi roubado”, essa foi uma das frases entoadas durante a manifestação contra a corrupção nta quarta-feira (7), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A “Marcha Contra a Corrupção”, convocada pelas redes sociais, marcou presença no desfile cívico-militar do 7 de Setembro, com a participação da presidente da República e das Forças Armadas. Uma ausência sentida ao lado de Dilma Rousseff foi a do vice-presidente Michel Temer, que viajou para a Bahia no feriado. De acordo com a Polícia Militar, pelo menos 25 mil pessoas protestaram contra a corrupção na capital dos brasileiros.

As bandeiras dos partidos políticos ficaram de fora da manifestação. A exceção foi a tentativa de militantes do PSol, que foram dissuadidos por manifestantes. O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) ensaiou entrar na marcha, mas, advertido, preferiu apenas acompanhá-la discretamente.

Jaqueline lembrada

Vestidos de preto, com narizes de palhaço, faixas e cartazes, os manifestantes criticaram a absolvição da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), na semana passada, o voto secreto no Congresso, os recentes escândalos de corrupção no governo e a manutenção do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no comando do Legislativo. Pediram até a destituição de Ricardo Teixeira da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

A aplicação imediata da Lei da Ficha Limpa – que depende de julgamentos no Supremo Tribunal Federal (STF), também foi reivindicada. Uma faixa vinculava o nome do ditador líbio Muammar Al-Khaddafi à política brasileira, lembrando que qualquer um pode se candidatar, independentemente da ficha criminal. “Kadafi, não importa o seu passado, no Brasil você pode ser deputado.” Em oito meses de gestão, Dilma foi obrigada a trocar Antonio Palocci, Alfredo Nascimento e Wagner Rossi por conta do envolvimento deles em suspeitas de corrupção na Esplanada. Com informações do Estado online.