(*) Magno Martins, do Blog do Magno Martins –
Em política, qualquer tropeço pode ser fatal. Cadoca estava eleito prefeito do Recife em 2004, veio a mancada de Brasília Teimosa e perdeu a eleição. Humberto Costa já era apontado como o futuro governador de Pernambuco em 2006.
Foi indiciado pela Operação Vampiro e seu projeto veio abaixo como um castelo de areia. Reeleito, o governador Eduardo Campos não está em campanha. Seu mandato só acaba em 2014.
Mas, vive em peregrinação pelo País como pré-candidato a presidente da República. Sonha acordado num voo nacional. Até então dar uma demonstração cabal de poder, elegendo a mãe ministra do Tribunal de Contas da União, o governador parecia firmar no cenário nacional uma imagem sólida de bom gestor e político moderno, uma proposta renovadora.
Não imaginava, porém, que exibir força seria cometer um erro que arranhou a popularidade e pode comprometer o seu futuro. O jovem governador está sendo apontado pela mídia nacional como um político moderno, mas de práticas antigas, coronelescas.
Em editorial, ontem, o jornal o Estado de São Paulo, um dos mais importantes do País, assim o definiu: ”Contrastando com o fortalecimento do caráter republicano da instituição, a operação filial desencadeada por Eduardo Campos – que chegou a se instalar com armas e bagagens em Brasília – foi uma exibição de coronelismo à moda antiga, cultive ele quanto queira o perfil de gestor moderno e político de novos costumes”.
Maurílio Ferreira Lima tem razão: a eleição da mãe fez de Eduardo o novo “Sarney do Nordeste”.