Banda do PP ignora escândalos de Maluf, que atua como garoto-propaganda do partido em SP

Geleia política – O Partido Progressista parece não se incomodar com os escândalos do ex-prefeito paulistano e agora deputado federal Paulo Salim Maluf. Ou pelo menos parte do PP acredita que Maluf é um enviado do Senhor e que todas as acusações que lhe fazem são infundadas.

No programa político do PP que foi ao ar nas rádios de São Paulo na noite de quarta-feira (5), Paulo Maluf apareceu a reboque de uma frase que no mínimo é uma galhofa. “Se você acredita no futuro e no nosso trabalho, junte-se a nós”. A prova maior de que poucas são as pessoas que acreditam em Maluf está na vertiginosa queda de popularidade do parlamentar, que deve despencar ainda mais depois que o STF decidiu abrir processo contra o ex-prefeito por formação de quadrilha e evasão de divisas, entre outros crimes. Tudo porque Maluf e seus parentes são acusados de superfaturamento de obras na cidade de São Paulo e de movimentação de aproximadamente US$ 900 milhões em contas bancárias no exterior.

Como se não bastasse, Maluf, sob o comando dos senadores Ciro Nogueira (PI) e Benedito de Lira (AL) e do deputado Eduardo da Fonte (PE), participou da intifada que recentemente derrubou Nelson Meurer (PR) da liderança do Partido Progressista na Câmara. E de quebra Paulo Maluf teve a companhia de Esperidião Amin, ex-governador de Santa Catarina. O objetivo da operação é enfraquecer o PP, que integra a base de apoio ao governo Dilma e tomar de assalto o Ministério das Cidades, atualmente sob a batuta do baiano Mário Negromonte.

Resumo da ópera: Maluf não é a pessoa mais adequada para atuar como garoto-propaganda de partido político e nem de longe tem cabedal para falar de futuro, pois o único futuro que o deputado paulista conseguiu enxergar foi o próprio e o de seus parentes.