Operação contra extorsão no transporte público atinge o ex-secretário dos Transportes, Alberto Fraga

Prisões – A Divisão Especial de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública da Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou a “Operação Regin”. A ação policial que começou na madrugada desta sexta-feira (7) é contra irregularidades no transporte público. Foram expedidos cinco mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão. Até o momento três pessoas foram presas.

O objetivo é investigar possíveis práticas de concussão (extorsão praticada por funcionários públicos). A suspeita é que gestores da Secretaria de Transportes tenham exigido pagamento de propina para que a Cooperativa dos Profissionais do Transporte Alternativo do Gama (DF) – Coopatag – pudesse operar o Sistema de Transporte Coletivo do Distrito Federal, com 50 micro-ônibus, apesar da empresa ter saído vencedora de uma licitação.

O site do “Correio Braziliense” informou que ainda estão pendentes os mandados de prisão para Júlio Luiz Urnau, ex-secretário adjunto de transportes e José Geraldo Oliveira de Melo, ex-assessor especial do governo Arruda. Ambos estão foragidos. Foram cumpridos também 16 mandados de busca e apreensão em diversas áreas do DF, para colher provas dos crimes investigados.

De acordo com a Polícia Civil do DF, as investigações começaram a partir de depoimentos de cooperados da COOPATAG. Ainda de acordo com a nota divulgada pela Polícia Civil, os cooperados acusam o ex-secretário de Transportes Alberto Fraga, de exigir o pagamento de R$ 600 mil para que a empresa pudesse operar. O contrato com o governo só teria sido assinado após o pagamento de R$ 800 mil.

O ex-secretário de Transportes Alberto Fraga negou todas as acusações. Segundo ele não houve mandado de busca e apreensão em sua residência e nem mandado de prisão expedido contra ele. Fraga disse querer que as acusações sejam investigadas até o fim, para que não reste dúvida de sua inocência. “Eu desafio qualquer pessoa a trazer qualque prova que me envolva em atos de corrupção durante minha gestão na Secretaria de Transportes”.