Escolha de novo titular para o Ministério do Esporte transforma-se em dilema para Dilma Rousseff

Dúvida cruel – A saída de Orlando Silva Jr. do Ministério do Esporte pode render pontos de popularidade à presidente Dilma Vana Rousseff, mas a demora na escolha de alguém competente e capaz de conduzir a pasta rumo à Copa do Mundo de 2014 pode mandar pelos ares esse eventual ganho político.

Até a realização do maior evento futebolístico do planeta, o Ministério do Esporte será a mais importante e cobiçada pasta do governo federal. Dependendo do resultado das ações estará garantida a possibilidade de Dilma tentar a reeleição. Há também a chance, cada vez mais evidente, de Luiz Inácio da Silva voltar a disputar a presidência, como informamos na edição de quarta-feira (26).

A indecisão sobre quem substituirá definitivamente Orlando Silva ainda é uma incógnita, assunto que pode ser resolvido ainda nesta quinta-feira pela presidente Dilma Rousseff. Há por trás dessa decisão um cipoal de interesses conexos, os quais não devem ser descartados. O melhor seria encontrar alguém com experiência e capacidade gerencial para enfrentar os desafios pertinentes à Copa e aos Jogos Olímpicos. Sob essa ótica a solução seria tirar do PC do B de continuar no comando do Ministério do Esporte, o que poderia provocar a saída da legenda da base aliada do governo.

Se optar por manter o PC do B à frente do Esporte, Dilma estará jogando por terra o discurso vociferado após sua vitória nas urnas. De que a equipe ministerial seria formada a partir de quesitos como probidade e competência. Não se trata de afirmar que o PC do B é ímprobo, mas no Ministério do Esporte a lambança foi de fazer inveja a muitos meliantes. Em relação à seara da competência o Partido Comunista do Brasil, a exemplo de outros tantos, continua deixando a desejar.