É preciso calma – Após reunião de pouco mais de dez horas, representantes da União Europeia decidiram reduzir a dívida Grécia pela metade, o que significa aceitar um calote de aproximadamente 100 bilhões de euros. Com a decisão espera-se que a crise que atinge sobremaneira a zona do euro seja minimizada. A Grécia, que ameaçava toda a estabilidade econômica da região, terá até 2020 para reduzir sua dívida ao equivalente a 120% do PIB. Sem o perdão de parte da dívida, esse índice subiria para 180%.
Enquanto a Europa analisa as decisões anunciadas na manhã desta quinta-feira (horário de Brasília), os representantes da União Europeia agora se debruçam sobre a criação de um fundo para socorrer algumas economias locais, que ainda balançam, e diversas instituições financeiras que apostaram nos títulos gregos. A criação dotal fundo, estimado em 1 trilhão de euros, contaria com aporte do governo chinês, o que ainda está sendo analisado pelas autoridades de Pequim.
No contraponto da decisão tomada durante a madrugada, em Bruxelas, está o futuro dos chamados “credit default swaps”, instrumentos financeiros utilizados por investidores para especular ou fazer “hedging” contra o risco de uma empresa ou país de descumprir o pagamento de sua dívida. A ideia é que os detentores desses títulos não os executem. O assunto está sob intensa discussão no universo financeiro internacional, mas se isso for confirmado o mercado de “credit default swaps” deve naufragar.