Democratas ataca PCdoB e PT e avisa que entrará com pedido de impeachment do governador do DF

Denúncias na pauta – Provavelmente na segunda-feira (7), o diretório estadual do Democratas do Distrito Federal deverá entrar com um pedido de impeachment do governador Agnelo Queiroz (PT). O documento será assinado pelo presidente da executiva estadual, ex-deputado Alberto Fraga. Embora com remotas chances de prosperar na Câmara Legislativa, o pedido se baseia em denúncias de desvios em convênios assinados no Ministério do Esporte quando Agnelo respondia pela pasta.

As supostas irregularidades tiveram até agora pouca repercussão na Câmara Legislativa, já que a maioria dos deputados pertence à base aliada do governador. Dos 24 deputados distritais, seis estariam na oposição e mesmo assim, quatro parlamentares do PSD ainda não explicaram como será a atuação da bancada nesta Legislatura. Entre os nomes da bancada está o de Eliana Pedrosa, que há duas semanas integrava a bancada do Democratas. Hoje, o partido tem apenas um deputado, o empresário Raad Massouh.

A assessoria do Democratas não deu maiores informações sobre o conteúdo do documento a ser apresentado. E Alberto Fraga não foi encontrado pelo ucho.info para explicar a decisão do partido, que já teria sido discutida com a executiva nacional, atualmente presidida pelo senador José Agripino Maia (RN). Em discurso feito na manhã desta sexta-feira (04), o senador Demóstenes Torres afirmou que “o Democratas não vai ficar parado”.

Na entrevista aos jornalistas, disse que “se pedimos a derrocada do único governador eleito pelo PFL em 2006 (José Roberto Arruda), não seremos lenientes com a continuidade das barbáries no Distrito Federal”.

No seu microblog que mantém no Twitter, o deputado federal Ronaldo Caiado (GO) fez uma ampla divulgação das denúncias contra Agnelo Queiroz. Provocou na manhã de hoje os twitteiros e garantiu que o seu partido de deu exemplo. “Como deve ser com qualquer partido”. Disse também que “PT e PCdoB lincharam os cofres públicos e agora reclamam de “linchamento publico”. Eles fazem bullying com os brasileiros afirmando isso”.

No discurso no Senado, Demóstenes Torres citou reportagem da revista “Isto É”, que aponta a Federação Brasileira de Kung-Fu (Febrak), administrada pelo ex-policial militar João Dias, como “a ONG pioneira nos trambiques, ainda em 2005 (Agnelo estava no ministério)”. João Dias foi autor da denúncia à revista Veja sobre irregularidades em convênios do programa Segundo Tempo, que culminou com a saída de Orlando Silva.

Demóstenes comentou que o próprio Agnelo já teria admitido cultivar uma “relação muito boa” com João Dias. Embora o atual governador do Distrito Federal classifique as acusações como “falsas, irresponsáveis e criminosas”, o senador por Goiás acredita que o fórum ideal para esclarecer sua veracidade é uma comissão parlamentar de inquérito (CPI).