Funcionário de laboratório diz que recebeu proposta financeira de deputadas para acusar governador

Sigilo quebrado – Esquentou a polêmica em torno das denúncias contra o governador Agnelo Queiroz, do Distrito Federal, que teria participado de esquemas fraudulentos quando ministro dos Esportes. Nesta terça-feira (8), durante o programa “Balanço Geral”, transmitido para Brasília pela “Rede Record”, o ex-funcionário do laboratório União Química, Daniel Almeida Tavares, atacou as deputadas distritais Eliana Pedrosa (PSD) e Celina Leão (PSD).

As duas parlamentares teriam oferecido R$ 400 mil e mais uma mesada durante um ano para que acusasse o governador de ter recebido propina do laboratório. Daniel admite ter gravado um vídeo com acusações contra Agnelo. Não explica, no entanto, porque se arrependeu.

Há instantes, a deputada Celina Leão afirmou na Câmara Legislativa que “se ele (Daniel) acha que pode fazer esse tipo de coisa com a imprensa e com a Câmara Legislativa, não pode. Isso é uma Casa de leis”. Ela defendeu a quebra do sigilo telefônico de Daniel para apurar “a versão contraditória” do acusador.

Já Eliana Pedrosa, que pertenceu aos quadros do Democratas, disse na tribuna que Daniel foi quem pediu dinheiro para assinar documento contra o governador. A deputada distrital garante que não aceitou pagar. “Essa questão tem que ser apurada”. Em discurso, o deputado distrital Chico Vigilante (PT) defendeu Agnelo com base no vídeo em que Daniel diz que recebeu oferta de dinheiro para incriminar o governador.