Mesmo diante de incertezas de todos os lados, Copom pode anunciar nova redução da taxa básica de juro

Muita atenção – Na última reunião do ano, o Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, deve decidir pela redução da taxa básica de juro, a Selic, atualmente fixada em 11,5%. Pelo menos essa é a expectativa dos analistas do mercado financeiro, que esperam um corte de meio ponto percentual. Os mais otimistas apostam em um corte de 0,75 ponto percentual.

Quase uníssonas, as opiniões dos especialistas levam em conta o cenário econômico internacional, que há meses sente o reflexo da crise que sacode a União Europeia, em especial a chamada zona do euro.

Enquanto as dificuldades enfrentadas pelo Velho Mundo causam preocupações das mais diversas em todo o planeta, aqui no Brasil o mais amaldiçoado item da herança deixada por Lula continua a assustar. A inflação tem dado o ar da graça de forma muito mais impressionante do que registram os indicadores oficiais, fazendo com que os consumidores mudem seus hábitos na hora da compra.

Para minimizar as inevitáveis consequências da crise europeia, o Palácio do Planalto está novamente apostando no consumo interno, solução irresponsável adotada em 2008 pelo fanfarrão Luiz Inácio da Silva, que empurrou os brasileiros ao consumismo, patrocinou endividamento recorde das famílias e deu força aos altos índices de inadimplência.

Se confirmada a expectativa do mercado financeiro em relação à próxima decisão do Copom, que será anunciada na próxima quarta-feira (30), o consumo exagerado pode ensaiar uma retomada. Isso só não acontecerá com a mesma volúpia de 2009 porque o brasileiro está extremamente endividado. Prova maior é o encalhe de alguns produtos natalinos nas prateleiras dos supermercados, como é o caso do panetone, que em alguns estabelecimentos está sendo vendido abaixo do preço de custo. Resta torcer para que o Brasil não seja afetado pelo fantasma da recessão, algo que já ronda a Europa.