Reis do ringue – A queda de braços na entidade maior do futebol planetário, a FIFA, promete capítulos extras e emocionantes, sem contar que o fim ainda está longe. Responsável por garantir transparência às ações da entidade, Mark Pieth, que é especialista em combate à corrupção, defende a saída dos dirigentes que tiverem confirmada a participação no caso ISL. No rol dos envolvidos Entre os envolvidos estariam o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e seu ex-sogro, o octogenário João Havelange, que há dias se desligou do Comitê Olímpico Internacional (COI).
O caso ISL puxa a fila dos escândalos que há anos rondam a FIFA e que motivaram a faxina. Na década de 90, a outrora empresa de marketing teria pago US$ 100 milhões (R$ 181 milhões) a executivos da FIFA para os direitos de televisão do Mundial. Ricardo Teixeira teria recebido US$ 9,5 milhões (R$ 17,2 milhões), enquanto Havelange, US$ 1 milhão (R$ 1,8 milhão).
Em outubro passado, o presidente da entidade, Joseph Blatter, prometeu divulgar dos documentos referentes ao caso, mas acabou adiando por medo de que seu nome viesse à baila em algum vértice do escândalo. Blatter, que vem se estranhando cada vez mais com Teixeira, voltou a ameaçar o cartola brasileiro com a divulgação de um dossiê do caso ISL. Tudo porque Ricardo Teixeira teria apoiado um adversário de Blatter na corrida à presidência da FIFA.
Na última segunda-feira (5), Joseph Blatter informou que a divulgação do tal dossiê não mais aconteceria no dia 17 de dezembro, por força de ação judicial movida por alguns dos citados no caso.
Para sair do olho do furacão, Ricardo Teixeira, que não vive um bom momento inclusive no Brasil, anunciou a chegada do ex-jogador Ronaldo Nazário de Lima ao conselho do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014. Diferentemente do que era esperado, Ronaldo não presidirá o Comitê, mas será uma espécie de embaixador do órgão. Fato é que essa briga de lobos está apenas começando e até a Copa do Mundo do Brasil muita água imunda h;a de rolar por debaixo dessa ponte.