Trabalhadores e empresas aéreas não chegam a acordo e aeroportos podem parar na véspera do Natal

Caos no ar – Quem espera passar o Natal em casa e para isso depende de avião que se prepare. Aeronautas e aeroviários não chegaram a um acordo com as companhias aéreas, representadas pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), na audiência realizada nesta segunda-feira (19) no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Com isso as duas categorias mantêm a promessa de greve a partir das 23 horas do próximo dia 22 de dezembro, quinta-feira.

Independentemente da promessa de paralisação, os trabalhadores tentarão nos próximos dias chegar a um acordo com as empresas aéreas. Se o impasse prevalecer, a questão poderá ser julgada, de forma liminar, no plantão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que começa na terça-feira (20).

“É uma atividade essencial. A paralisação no dia 22 não poderá, sem dúvida, alcançar toda categoria”, disse a ministra Maria Cristina Peduzzi, vice-presidente do Tribunal.

Os sindicatos, por sua vez, se comprometeram a manter 20% dos trabalhadores, mas esse índice pode ser alterado pelo TST a qualquer momento, em função da importância do transporte aéreo em um país com dimensões continentais e da época do ano.

As duas categorias estão em período de dissídio coletivo desde o início de dezembro, como acontece todos os anos. Representantes do Sindicato Nacional dos Aeronautas (embarcados) e o Sindicato Nacional dos Aeroviários (pessoal de terra) pediram inicialmente um reajuste salarial de 10%.

Ao longo das tratativas, os representantes de ambas as categorias concordaram com um reajuste de 7%, desde que o valor do vale-refeição e da cesta básica fosse majorado em 10%, o que contou com a concordância das empresas. A tentativa de negociação falhou porque as empresas aéreas acenaram com um reajuste de 6,17% (correspondente à variação do INPC), o que representa uma diferença de 0,83 ponto percentual em relação ao pleito dos trabalhadores.