Nota do PCdoB exaltando o ditador da Coreia do Norte causou problemas à comunista gaúcha Manuela D’Ávila

(Foto: Reuters)
Não é bem assim – Dizem os mais experientes que entre a teoria e a prática há uma enorme distância. Entre a ideologia e a necessidade política a distância também não é pequena. Na última quarta-feira (21), o ucho.info publicou matéria sobre a irresponsável e desconexa nota do PCdoB sobre a morte do ditador Kim Jong-il, da Coreia do Norte. Um dia antes, na terça-feira, o PCdoB, que afirmou ter recebido com “profundo pesar” a notícia da morte do ditador norte coreano, publicou em seu site que “o camarada Kim Jong Il manteve bem altas as bandeiras da independência da República Popular Democrática da Coreia, da luta anti-imperialista, da construção de um Estado e de uma economia prósperos e socialistas, e baseados nos interesses e necessidades das massas populares”.

É sabido que Kim Jong-il jamais se interessou pelas necessidades do povo da Coreia do Norte, o qual sempre foi tratado com truculência e covardia. Como noticiamos anteriormente, Kim Jong-il foi um truculento e mentiroso que nutria paixão por artigos de luxo, como iates, perfumes caríssimos e veículos especiais. Para se ter ideia o absurdo, Kim Jong-il e seu entourage gastavam anualmente perto de US$ 800 mil com o famoso e caro conhaque francês Hennessy.

A nota do PCdoB causou estragos nas próprias fileiras do partido, pois alguns filiados serão candidatos nas eleições municipais de 2012. É o caso da deputada federal Manuela D’Ávila, do Rio Grande do Sul, que no próximo tentará mais uma vez chegar à prefeitura de Porto Alegre. Diante da repercussão negativa, a ex-líder estudantil precisou se explicar com o eleitorado, ocasião em que tentou amenizar o conteúdo da nota. Resumindo, foi um doloroso tiro no pé do PCdoB.