Ahmadinejad, o homem-bomba do Irã, visita a América Latina e desafia os Estados Unidos

Pavio curto – O presidente do Irã inicia neste domingo (8) um gira pela América Latina. Nos próximos cinco dias, Mahmoud Ahmadinejad visitará a Venezuela, Nicarágua, Cuba e Equador. “Nossas relações com os países da América Latina são muito boas e se desenvolvem. A cultura dos povos desta região e suas exigências históricas se assemelham às demandas do povo iraniano. Tratam-se de povos que têm um pensamento anticolonialista, é por isso que eles resistem diante do regime da opressão”, disse o presidente iraniano em clara provocação aos Estados Unidos.

A aproximação cada vez maior do Irã com os ditadores esquerdistas latino-americanos mostra que o desejo do governo de Teerã de continuar em seu projeto de enriquecimento de urânio, decisão há muito condenada pela comunidade internacional. Horas antes de Ahmadinejad partir para a Venezuela, onde encontrará o falastrão Hugo Chávez, o governo iraniano anunciou que já consegue enriquecer urânio a vinte por cento. Para se produzir a bomba atômica é preciso urânio enriquecido a noventa por cento. Ao contrário do que alega o Irã, que diz que seu projeto nuclear é pacífico, a produção de energia elétrica a partir desse modal exige urânio enriquecido a 3,5%.

Na última sexta-feira (6), a Casa Branca pediu aos governantes latino-americanos para não aprofundarem suas relações com Mahmoud Ahmadinejad. “Conforme o regime (iraniano) se sente mais e mais pressionado, busca desesperadamente amigos e viaja freneticamente a lugares interessantes para encontrar novas amizades”, declarou a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Victoria Nuland, ao falar sobre a visita do presidente iraniano à América Latina. “Estamos deixando absolutamente claro aos países de todo o mundo que não é o momento de aprofundar os vínculos, nem os de segurança, nem os econômicos, com o Irã”, completou Nuland.