Mãos ao alto – Na primeira reunião de 2012, que começou na terça-feira (17), o Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, anunciará no final desta quarta-feira a decisão sobre a taxa básica de juro. De acordo com as expectativas do mercado financeiro, o Copom deve reduzir para 10,5% ao ano a Selic, atualmente fixada em 11%.
Se confirmada a previsão dos economistas que atuam no mercado de capitais, a Selic atingirá o menor patamar desde junho de 2010, quando estava cotada a 10,25% ao ano. O Copom deve anunciar a decisão por volta das 18 horas desta quarta-feira, por meio de comunicado do Banco Central.
Ao largo da Selic, o cidadão comum que procura um financiamento em instituições financeiras torna-se vítima fácil de absurdas taxas de juro. Quando o tomador consegue pagar o empréstimo com regularidade e pontualidade, o tamanho do assalto consentido permanece como combinado. No caso de eventuais atrasos, as taxas de juro podem chegar a 20% ao mês,o que torna qualquer operação financeira um atentado ao cidadão.
Quando engrossava as fileiras oposicionistas, o Partido dos Trabalhadores defendia com entusiasmo a estatização dos bancos e pregava contra o Fundo Monetário Internacional. Para chegar ao poder central, o PT precisou se curvar diante do poderio dos banqueiros, que durante a era Lula lucraram como nunca.
Mesmo com esse cenário covarde, sempre patrocinado pelos bancos, Lula ousou adotar o slogan “Brasil, um país de todos”. Ora, uma nação não pode ser de todos quando uma ínfima minoria lucra às custas do suor insano da maioria. Para referendar a utopia discursiva do PT, a presidente Dilma Rousseff adotou o slogan “País rico é país sem pobreza”. É bom lembrar à presidente que altas taxas de juro são a porta de entrada para a pobreza a médio prazo.
Como disse certa feita o fanfarrão Luiz Inácio da Silva, “nunca antes na história deste país”, bordão que cai como luva quando o assunto a lucratividade das instituições financeiras.