Morre em São Paulo, aos 88 anos, a viúva do ex-governador Roberto de Abreu Sodré

Minuto de silêncio – Ex-primeira-dama do estado de São Paulo, Maria do Carmo Mellão de Abreu Sodré morreu na segunda-feira (23), aos 88 anos. Viúva do ex-governador Roberto Costa de Abreu Sodré, Maria do Carmo marcou sua trajetória com os debates políticos, boas histórias e música erudita. De acordo com a filha, Maria do Carmo Sodré, a ex-primeira-dama deixou a imagem de “uma pessoa ativa, interessada, culta e que, acima de tudo, gostava de se sentir útil”.

Segundo a filha, a viúva do governador Abreu Sodré há algum tempo enfrentava problemas de saúde, como diabetes, e não resistiu a uma insuficiência respiratória. Velada na capital paulista, Maria do Carmo Mellão de Abreu Sodré foi sepultada no cemitério da Consolação. A cerimônia contou com a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do médico Dráusio Varela e do cineasta e jornalista Arnaldo Jabor.

A ligação de Fernando Henrique Cardoso com a família Abreu Sodré vem de longe. Tão logo deixou o Palácio do Planalto, FHC passou uma longa temporada em Paris. Na cidade-luz o tucano ficou hospedado em um caro e elegante apartamento fincado na Avenue Foch, que pertenceu a Roberto de Abreu Sodré, o então governador biônico de São Paulo e que passou para a história como coordenador da chamada “Operação Bandeirante” (OBAN), centro de informações e investigações montado pelos militares, que a coordenava e integrava as ações dos órgãos de combate às organizações armadas de esquerda durante a ditadura.

Com a morte de Abreu Sodré, o apartamento passou para a filha do ex-governador, Maria do Carmo Sodré, e Jovelino Mineiro Filho, seu marido. Jovelino foi sócio dos filhos de FHC na Fazenda Buritis, que pertenceu ao ex-presidente, em sociedade com Sergio Motta, e foi invadida por integrantes do MST.