Useiro e vezeiro – Enquanto a mídia nacional já não mais se recorda da atitude do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, de receber na última semana, em palácio, o terrorista italiano Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália por conta de quatro assassinatos, o assunto continua reverberando nos bastidores da política gaúcha.
Um dos articuladores da operação montada no governo Lula para garantir ao terrorista o direito de continuar no Brasil, impune para sempre, Tarso Genro não se fez de rogado e aceitou o pedido do ex-integrante do grupo terrorista italiano Proletários Armados contra o Comunismo (PAC), que foi ao Palácio Piratini para agradecer ao governador pela acolhida nos tempos em que o petista comandava o Ministério da Justiça.
O que indignou boa parte dos gaúchos foi a desfaçatez que marcou o encontro de Genro com Battisti, como se um assassino covarde merecesse deferências das autoridades brasileiras, cujos custos dessa indevida recepção acabou no bolso do contribuinte gaúcho. Acontece que vem de longe a capacidade de Tarso Genro de conviver, mesmo que rapidamente, com assassinos.
Em 8 de agosto de 1990, quando era vice-prefeito de Porto Alegre na administração do companheiro Olívio Dutra, o agora governador foi quem deu guarida, na sede da prefeitura, aos sem terra que covardemente degolaram o soldado Valdeci de Abreu Lopes, da Brigada Militar, com uma foice no centro da capital do Rio Grande do Sul.
Por conta da sua vocação para receber criminosos em palácio, Tarso Genro, à época, encarregou-se de construir a estratégia jurídica para apresentar os suspeitos à polícia. Sob as ordens do então vice-prefeito, os acusados cortaram o cabelo, rasparam a barba e trocaram de roupa, como forma de dificultar o reconhecimento dos companheiros criminosos.
Contundo, causa estranheza o fato de uma das mais importantes unidades da federação estar sob a batuta de um governante com currículo tão pífio.