Negromonte deixa o a Esplanada dos Ministérios sem revelar o verdadeiro motivo de sua demissão

Pingos nos is – Ao entregar sua carta de demissão à presidente Dilma Rousseff, o agora ex-ministro Mário Negromonte (Cidades), disse que à petista dedicaria apoio no Congresso Nacional, uma vez que é deputado federal eleito pelo Partido Progressista da Bahia.

Resultante de rebelião interna no PP, cujos comandantes da operação há muito cobiçavam o ministério, a queda de Negromonte teve como ponto de partida a polêmica sobre a mudança no projeto de transporte público de Cuiabá, que passou de Linha Rápida de Ônibus (BRT) para Veículo Leve sobre Trilho (VLT), o que provocou majoração no orçamento. Os inimigos de Mario Negromonte não demoraram a turbinar o imbróglio, que nos bastidores tem explicação diferente da anunciada até então.

Por ser mais eficiente e menos poluente, o VLT por si só é mais caro, o que não significa que a mudança tenha permitido desvio de dinheiro público. De igual modo, o ucho.info não está afirmando que inexistiram irregularidades, mas apenas tendo como base o fato de que nada foi provado até então.

De acordo como que apurou a reportagem deste site, a mudança no projeto de Cuiabá, uma das sedes da Copa de 2014, poder ter surgido de um pedido feito ao vice-presidente da República, Michel Temer, que por sua vez teria acionado o Ministério do Planejamento, que endossou o pleito e disparou ordens ao Ministério das Cidades, cabendo a Mário Negromenote cumpri-las.

Nesse enxadrismo político, cercado de mentiras e atos covardes, faz-se necessário lembrar que Michel Temer é presidente licenciado do PMDB, partido ao qual é filiado o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa.

Na política, como se sabe, não há coincidências. Considerando que o mundo está em constante mutação, muita coisa pode ter acontecido depois da demissão de Mário Negromonte.