Policiais falharam diante do vandalismo no sambódromo de SP, palco de interesses políticos escusos

Barril de pólvora – A enorme confusão que marcou a apuração do Carnaval paulistano decorreu da falta de ação dos agentes de segurança, oficiais e particulares, no momento da invasão do local reservado à comissão organizadora. Policiais civis e militares, integrantes da Guarda Municipal e seguranças particulares não foram capazes de conter o vandalismo previamente combinado e patrocinado por meia dúzia de baderneiros. Ao final, apenas cinco dos envolvidos foram detidos, sendo que dois deles continuam presos em uma delegacia da capital paulista.

Representantes da Polícia Militar, que fazia a segurança do sambódromo do Anhembi, disse que o contingente destacado para o local era idêntico ao utilizado em estádios nos grandes clássicos de futebol. O que explica a nossa tese de que o entrevero foi acertado com antecedência.

Às autoridades faltou sensibilidade no momento de avaliar o evento, pois além da conhecida rivalidade que separa as torcidas das escolas e o vandalismo que marca a trajetória de muitos de seus integrantes, o Carnaval 2012 contou com uma homenagem ao ex-presidente Luiz Inácio da Silva, que desde 2003 não está acostumado a derrotas. O fiasco da escola Gaviões da Fiel na passarela do samba paulistano mostrou a necessidade de se avaliar com mais cuidado, em termos de segurança, os eventos públicos.