Sem solução – Mais importante cidade brasileira e sexta maior do planeta. Eis alguns das qualificações de São Paulo, município que abriga maios de 11 milhões de pessoas e tem em suas ruas e avenidas perto de 7 milhões de veículos. Números assustadores que tão bem traduzem o caos que se instalou na capital do mais rico estado da federação. Impermeável por conta de um crescimento tão rápido quanto desordenado, São Paulo vez por outra se transforma na versão tropical de Veneza, cidade italiana cortada por canais.
Enquanto as autoridades paulistanas se dedicam aos compromissos oficiais, algo que cresce em número e importância em ano eleitoral, a cidade é alvo de colapsos variados. A chuva forte que atingiu São Paulo na tarde desta segunda-feira (27) fez com que Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), órgão da prefeitura, colocasse em atenção as Zonas Norte, Leste a Marginal Tietê às 14h35. Meia hora mais tarde, às 15h07, o CGE também colocou as Zonas Oeste, Centro e a Marginal Pinheiros em atenção por conta do temporal.
Vários são os pontos de alagamento na cidade de São Paulo, muitos deles intransitáveis. Inúmeros semáforos, alguns em cruzamentos importantes, estão sem funcionar desde a madrugada, que foi marcada por forte chuva. Em algumas regiões da cidade, leitores do ucho.info estão sem energia elétrica, telefone e acesso à rede mundial de computadores.
Quando o ucho.info, em 31 de outubro de 2007, afirmou que o Brasil não tinha condições – ainda não tem – para sediar a Copa do Mundo ou qualquer outro evento de proporção semelhante, o então presidente Luiz Inácio da Silva ousou dizer que nós torcemos contra o País. Não se trata de torcer contra, mas de cumprir o papel que cabe ao jornalista de alertar a sociedade para as mazelas do Estado e as falsas promessas feitas pelos governantes.