Pane seca – A Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) anunciou nesta terça-feira (28) o cancelamento de um contrato de US$ 355 milhões (cerca de R$ 604 milhões) com a Embraer, para fornecimento de 20 aviões Super Tucano. De acordo com nota divulgada pela USAF, problemas com a documentação provocaram o cancelamento.
A Força Aérea ianque informou que investigará a licitação, que está sendo contestada na Justiça dos EUA pela norte-americana Hawker Beechcraft. O contrato havia sido concedido pela Força Aérea dos EUA para a Embraer e a parceira Sierra Nevada Corp.
“Apesar de buscarmos a perfeição, nós as vezes não atingimos nosso objetivo, e quando fazemos isso temos que adotar medidas de correção”, disse o secretário da Força Aérea, Michael Donley, em comunicado. “Uma vez que a compra ainda está em litígio, eu somente posso dizer que o principal executivo de aquisições da Força Aérea, D avid Van Buren, não está satisfeito com a qualidade da documentação que definiu o vencedor.
O comandante da área de materiais da Força Aérea dos Estados Unidos, Donald Hoffman, ordenou uma investigação sobre a situação, afirmou o porta-voz da Força Aérea. Até o momento, a Embraer não se pronunciou.
Em 30 de dezembro, a Força Aérea dos Estados Unidos definiu que a Sierra Nevada e a Embraer tinham obtido o contrato para venda de 20 aviões Super Tucano A-29, assim como treinamento e suporte. Entretanto, a licitação foi paralisada em janeiro, quando a Hawker Beechcraft entrou na Justiça questionando a decisão. À época da contestação judicial, a Força Aérea alegou que a competição e a avaliação para a seleção do fornecedor tinham sido justas, abertas e transparentes.
O Super Tucano A-29 foi desenvolvido para missões de contra-insurgência e atualmente é usado por cinco forças aéreas, sendo que ainda existem outras encomendas, segundo a Embraer.