(*) CicloVivo –
Usando o polegar – Existem diversas maneiras sustentáveis de se locomover pela cidade. Entre as opções estão: andar a pé, usar o transporte público ou veículos não motorizados – como bicicleta, skate ou patins. Para as pessoas que querem manter o conforto do automóvel, a sugestão é a carona.
Além de colaborar para a redução do número de carros nas ruas, as caronas também servem de auxílio às relações sociais e podem funcionar como válvula de escape para reduzir os gastos mensais necessários para manter o uso de um automóvel.
Conforme dados divulgados pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), na cidade de São Paulo os carros trafegam com média de apenas 1,4 passageiros por veículo. O índice mais alto foi alcançado em 2006, com média de 1,6. Os dados são considerados baixos e o mesmo cenário se repete em outras grandes cidades brasileiras. Os resultados disso são mais congestionamentos e poluição.
Trafegar com o carro cheio é um jeito simples de fazer a sua parte pelo meio ambiente e pela melhora na qualidade de vida, tanto dos caroneiros, como das outras pessoas que dependem do trânsito da cidade. Não é necessário muito esforço para dar carona e o primeiro passo é conhecer as pessoas que estão ao seu redor. Esteja atento aos seus vizinhos, pois o trajeto percorrido por vocês pode ser parecido. O mesmo deve ser feito entre colegas de empresas e instituições de ensino.
Para tornar esse contato mais fácil já existem sites especializados em caronas, como o Caronetas, o Carona Brasil, o Carona Segura e o Caroneiros, que facilitam o contato entre as pessoas interessadas em aderirem às caronas.
A ideia tem agradado a empresas, que adotaram o sistema para promoverem a interação entre funcionários, e também se tornou presença constante nos centros universitários. Conforme matéria publicada no jornal Metro São Paulo, o site Caroneiros, que existe desde 2007, cresceu 67% em 2011, passando de oito mil para 13,3 mil usuários. O Unicaronas, dedicado exclusivamente aos universitários, já alcançou 16 mil adeptos em apenas quatro anos de funcionamento. Em entrevista à publicação, Mario Sebok, sócio do Caroneiros, explicou a mudança no comportamento. “Antes, se pensava que o caroneiro era pé de chinelo. Hoje, carona é uma opção sustentável, e as pessoas sabem disso.”