Bico fino – No universo nada é mais direitista do que um representante da esquerda no poder. E a história tem comprovado repetidas vezes essa teoria. Conhecido, antes de chegar ao Palácio do Planalto, como defensor dos trabalhadores, o ex-sindicalista Lula não fez cerimônia e, ao pisar no Palácio do Planalto, se entregou às benesses do poder, todas financiadas com o suado dinheiro do contribuinte.
Em setembro de 2007, em Nova York, onde discursou na abertura da Assembleia Geral da ONU, o petista se rendeu à excelência da relojoaria e arrematou um fino e caro relógio da marca Cartier. A aquisição se deu em uma loja da conhecida marca francesa fincada na elegante 5ª Avenida, tendo custado a bagatela de US$ 16 mil. A reservada operação se deu às 22h30 (horário local), quando lojas do naipe da Cartier recebem, a portas fechadas, os clientes considerados especiais.
À época, o ucho.info denunciou esse descalabro, sendo que o então senador Heráclito Fortes (DEM-PI) cobrou explicações de Lula, que jamais respondeu. Tempos depois, o mesmo parlamentar cobrou explicações da outrora chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, durante sessão de comissão permanente do Senado. E nada de resposta.
Ao que parece, a agora presidente Dilma Rousseff herdou de seu antecessor o apreço pelas coisas boas do poder. Na viagem que a presidente faz à Alemanha, onde nesta segunda-feira (5) discutiu com a chanceler Angela Merkel os efeitos da crise que abala a Europa, o avião presidencial cumpriu escala técnica na bela cidade do Porto, em Portugal, para reabastecimento.
Adepta da boa gastronomia, Dilma ordenou à sua assessoria que, com antecedência, encomendasse um prato à base de bacalhau do badalado Restaurante Terra, que seria servido a bordo. Acontece que a mandatária brasileira mudou de ideia, mandou o fino prato de bacalhau às favas e ordenou ao comandante do avião que anunciasse a sua ida ao tal restaurante, pois seu desejo era degustar o bacalhau in loco.
O chef de cozinha que prepara o tal prato estava em seu dia de folga e foi obrigado a vestir o jaleco e cozinhar para a presidente que vive sob o slogan “País rico é país sem pobreza”. Na verdade, país rico é aquele que paga a conta das bacalhoadas consumidas pelos governantes. Enquanto isso, no Brasil, alguns cidadãos continuam revirando lixos à procura de restos de comida. Como disse certa feita o então presidente Lula, “nunca antes na história deste país”.