Entrevero com a FIFA pode obrigar Dilma e Joseph Blatter a um faz de conta para encerrar polêmica

Estica e puxa – Nesta quarta-feira (7), a Câmara dos Deputados deve votar em plenário o projeto da Lei Geral da Copa, cuja aprovação deve repetir a proporcionalidade registrada durante a votação na Comissão Especial – 15 votos a favor e 9 contra. O texto do projeto, cujo relator é o deputado petista Vicente Cândido (SP), libera a venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante a Copa do Mundo e 2014 e estabelece regras para a meia-entrada.

Mesmo com o projeto avançando no Congresso Nacional, as relações entre o governo brasileiro e a FIFA continuam estremecidas. Depois de sugerir que por conta do atraso nas obras para a Copa o Brasil precisava de um “chute no traseiro”, o secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, pediu desculpas em carta enviada ao ministro do Esporte, na qual explica que suas palavras foram mal interpretadas por causa da tradução.

Aldo Rebelo, por sua vez, informou à entidade máxima do futebol mundial que o governo brasileiro não mais aceitará Valcke como interlocutor, o que em tese exigiria a sua substituição. É importante ressaltar que a Copa do Mundo é um evento da FIFA, não do país-sede, que aproveita o evento para faturar e se promover.

A situação tornou-se tão complexa, que o presidente da FIFA, Joseph Blatter, quer um encontro com Dilma Vana Rousseff. Acontece que nessa queda de braço nenhum dos envolvidos quer sair da disputa menor do que entrou. Se a FIFA concordar em substituir Jérôme Valcke, terá o poder de mando fragilizado, sendo que até o final da competição o Brasil dará todas as carta, o que diminuiria uma entidade a dominar a cena.

No contraponto, se o governo recuar e aceitar as desculpas de Valcke e Blatter, ficará diminuído diante da FIFA e seus parceiros, entre eles Ricardo Teixeira, com que a presidente Dilma Rousseff não mantém nem mesmo relação protocolar. É aquela velha teoria popular do “se ficar o bicho come, se correr o bicho pega”. Resta esperar para saber quem sairá perdendo. Ou será que os dois lados fingirão que nada aconteceu?