(*) CicloVivo –
O principal inimigo da Amazônia Legal mato-grossense é a pecuária. Segundo o sistema TerraClass, que se baseia em dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), até 2008, aproximadamente 68% da área desflorestada foi ocupada por atividades pecuárias.
O cenário dominado pelos pecuaristas se repete em outros estados que abrigam partes da Amazônia Legal, como: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. A conclusão obtida pela análise dos dados é de que em todo o território nacional 62% das áreas desmatadas pertencentes à Amazônia Legal são transformadas em pastos.
Infelizmente, os dados fornecidos apresentam o cenário florestal apenas até 2008, portanto ainda não é possível calcular os percentuais atuais. Dentro destas pastagens o TerraClass ainda criou 11 classes temáticas, que dividem os diferentes tipos de pastos.
A maior parte das terras usadas pelos pecuaristas do Mato Grosso, 53% (107,4 mil km2), é composta por pastos limpos, ou seja, que possuem 90% a 100% da área coberta por gramíneas. Em 9% (17,9 mil km2) dos locais foi identificado o pasto sujo, que mescla gramíneas com arbustos. A área que está se regenerando com a vegetação nativa novamente era de 6% (11,2 mil km2) em 2008. Enquanto a agricultura ocupa 16% (30,9 mil km2) do território da Amazônia Legal mato-grossense.