Rumores sobre a saída de Ideli Salvatti do governo crescem à medida que a crise se alastra

Ajeitando a casa – A crise que se instalou no Congresso é resultado da voracidade dos partidos, que em troca de apoio querem cada vez mais cargos, e da incompetência da assessoria presidencial quando o assunto é articulação política. Quando escolheu Ideli Salvatti e Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais e a chefia da Casa Civil, respectivamente, a presidente Dilma Rousseff mostrou aos aliados que negociar não seria o forte do seu governo.

Agora, com a crise política se alastrando, Dilma será obrigada a tomar uma decisão, sob pena de enfrentar dias ainda mais difíceis. O cerne da crise está na atuação da ministra Ideli Salvatti, de Relações Institucionais, como antecipou o ucho.info. Autoritária e inflexível, Ideli não é bem vista pela maioria dos parlamentares da base aliada. E a situação se complica quando a presidente nega a contrapartida àqueles que ajudaram na sua eleição e até bem pouco tempo lhe davam sustentação plena no parlamento.

Substituir Ideli Salvatti parece uma questão decidida no Palácio do Planalto, o que ainda não ocorreu porque os palacianos buscam um cargo para acomodar a ministra, que em 2010 disputou o governo de Santa Catarina para garantir palanque a Dilma.

Nos bastidores do poder comenta-se que o petista Paulo Bernardo da Silva, ministro das Comunicações, poderia assumir a Secretaria de Relações Institucionais, mas se isso acontecer a presidente estará colocando marido e mulher no comando da articulação política. Até porque, Gleisi Hoffmann, chefe da Casa Civil, é casada com Paulo Bernardo. Ou será que não?