Para se proteger, Corinthians demite atacante Adriano por justa causa e deposita verba rescisória

Confusão nova – Erraram aqueles que apostaram em uma solução amigável para a saída de Adriano do Sport Clube Corinthians Paulista. Dispensado pelo clube no último dia 12 de março, após entrar em conflito com a equipe técnica, Adriano, que há muito tentava voltar ao Rio de Janeiro, exigiu compensações financeiras muito além do planejado pelo clube. Para não perder o prazo legal da chamada “justa causa”, o clube depositou na quinta-feira (22) R$ 90 mil na conta bancária do jogador, valor referente a salários e encargos trabalhistas.

Com essa decisão, o Corinthians se resguarda em termos jurídicos, mesmo sabendo que a Justiça dificilmente He dará ganho de causa em eventual ação trabalhista movida pelo atleta. A questão da dispensa por justa causa veio a lume porque Adriano foi devidamente notificado quando faltou a sessões de fisioterapia e treinos, o que configura descumprimento do contrato de trabalho.

Pelas contas do Timão, Adriano tem direito a receber perto de R$ 1 milhão, mas os representantes do atleta, que já se reuniram com os dirigentes do clube, pediram quase o dobro do valor. Uma nova reunião deve acontecer nas próximas horas.

Em sua página eletrônica, o Corinthians confirmou a decisão tomada pelo departamento jurídico do clube. “Em virtude de notícias divulgadas sobre a rescisão do contrato de trabalho do atleta Adriano, a diretoria do Sport Clube Corinthians Paulista comunica que a dispensa do atacante, ocorrida no último dia 12/03, se deu por justa causa”, diz o comunicado. “A não divulgação de tal decisão, naquele momento, se deu em razão do interesse do clube em preservar o próprio atleta, não expondo fatos que dizem respeito somente às partes envolvidas. Mesmo após a decisão de encerrar o contrato entre atleta e clube por justa causa, o Corinthians permanece aberto ao diálogo”, informou o alvinegro.