Bola devolvida – Depois que saiu de cena o “chute no traseiro”, disparado pelo secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, para criticar a morosidade das obras da Copa de 2014, entrou o “fazer mais e falar menos”, usado pelo presidente da entidade futebolística, Joseph Blatter, cujo significado é o mesmo.
A frase foi pronunciada nesta sexta-feira (30) por Blatter, que fez duras críticas ao governo brasileiro, mesmo depois do encontro supostamente cordial com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília. Para o presidente da FIFA, chegou a hora de o Brasil se mexer.
Para complicar ainda mais a situação que estava solucionada apenas aparentemente, Joseph Blatter ignorou o pedido do ministro Aldo Rebelo (Esporte) e confirmou Valcke como interlocutor da FIFA para os assuntos da Copa. Rebelo, após o fatídico “chute no traseiro”, disse, em tom decisivo, que o governo brasileiro não mais conversaria com Jérôme Valcke sobre a Copa. Em outras palavras, Blatter mandou um claro e conhecido recado: quem manda na Copa é a FIFA e o Brasil será apenas palco do espetáculo.
A frase não teria sido lançada se o governo brasileiro estivesse se dedicando às obras da Copa. No contraponto, Valcke desconhece que o atraso é proposital e permitirá a contratação de obras sob o regime de urgência, rubrica que aciona as criminosas cornucópias que despejam dinheiro no caixa 2 dos alarifes de sempre.