Ladeira acima – Após três meses de queda, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, registrou avanço de 0,43% em abril – 0,18 ponto percentual acima da taxa de março, que ficou em 0,25%. Ou seja, a inflação quase dobrou de um mês para o outro. Os grupos habitação saltaram de 0,44% em março para 0,75% em abril e despesas pessoais, de 0,6% para 1,43%, foram os ingredientes responsáveis pela alta. Juntos, responderam por 58% do índice em abril.
Divulgados nesta terça-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os dados do IPCA-15 apontam que, no acumulado do ano, a inflação está em 1,87%, abaixo do resultado do mesmo período de 2011, quando acumulou 3,14%. Nos últimos doze meses, o índice registrou aumento de 5,25%, abaixo dos 12 meses anteriores (5,61%). Em abril de 2011, a taxa havia ficado em 0,77%.
De acordo com o IBGE, os produtos que elevaram a taxa do grupo despesas pessoais foram cigarro, gastos com empregado doméstico, cabeleireiro e manicure.
O aumento do aluguel residencial, do condomínio, da conta de água e do esgoto foram as maiores contribuições para a elevação do índice do grupo habitação.
Com a maior alta registrada em abril, a inflação no Rio de Janeiro (0,65%) foi puxada pelo índice empregado doméstico (7,37%). Salvador (0,09%) apresentou a menor elevação, principalmente pela queda dos preços dos alimentos consumidos em domicílio (-0,16%).
O IPC-15 refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos (R$ 622 a cerca de R$ 24,8 mil) e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, de Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
Os números do IPCA-15 reforçam as constantes reportagens do ucho.info, que têm destacado o aumento de preços em todos os segmentos da economia, ao contrário do que aponta a pesquisa do IBGE. Fora isso, o absurdo está em querer culpar a manicure da esquina pela herança maldita deixada pelo messiânico Luiz Inácio da Silva. Enfim…