Deu errado – A aprovação do Código Florestal Brasileiro, na noite de quarta-feira (25), foi considerada uma derrota do governo da presidente Dilma Rousseff, mas também reforçou a polêmica que tem marcado a relação entre o Palácio do Planalto e o PMDB, que no plenário da Câmara dos Deputados votou junto com os ruralistas. Ao PT sobrou a incumbência de se aliar ao PV e ao PSOL na tentativa de minimizar o estrago.
Nessa batalha que se arrastou meses afora não cabe culpa aos ruralistas e aos ambientalistas, pois cada grupo defendeu seus interesses. Não se deve crucificar os produtores rurais, que tentaram manter estabelecer regras que garantam a viabilidade do negócio, ao mesmo tempo em que não cabem críticas aos que procuraram defender o meio ambiente. O que faltou, na verdade, foi mais diálogo em busca de uma solução negociada.
Essa falha na condução da matéria, nos bastidores, mostra a inoperância da ministra Ideli Salvatti, da Secretaria de Relações Institucionais, que por dever de ofício teria de buscar, à exaustão, uma solução de consenso. De igual modo falhou o líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (PT), param quem o PMDB deveria estar na oposição.
Conhecido pela incompetência recorrente e por escândalos de corrupção, o governo da presidente Dilma Rousseff não chegará muito longe com atuações como a de Ideli e declarações como a de Tatto. Esse cenário pífio de atuação das lideranças governamentais não apenas destaca a falta de excelência nos quadros do PT, mas derruba a tese de que o mensalão foi uma farsa. Até porque, não foi por causa da conhecida incompetência que o PT palaciano conseguiu maioria no Congresso durante a era Lula, algo que continua sob a égide de Dilma.