Sem limites – Em meados de 2007, faltando alguns dias para os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, o então presidente Luiz Inácio da Silva disse que, encerrado o evento esportivo, a capital fluminense teria o melhor e mais eficaz sistema de segurança pública do País. A massa pensante logo percebeu que se tratava de mais uma bravata de Lula, mas aquelas palavras inverídicas foram endossadas por ninguém menos que Sérgio Cabral Filho (PMDB), governador do Rio de Janeiro.
Quando se instalou pela primeira vez no Palácio Guanabara, sede do Executivo fluminense, Cabral Filho afirmou, no melhor estilo “Exterminador do Futuro”, que estava decretado o fim do crime organizado no Rio. Pois bem, cinco anos se passaram e a excelência na segurança no campo da segurança pública continua estacionada na promessa.
Como se não bastassem os contínuos crimes a que os habitantes do Rio estão sujeitos diariamente, o apartamento do vice-governador Luiz Fernando Pezão, que está em viagem, foi assaltado nesta segunda-feira (30). Ao chegar ao imóvel, localizado no Leblon, bairro da Zona Sul carioca, uma empregada notou que o apartamento estava revirado. Os ladrões fugiram tranquilamente levando jóias, segundo informações repassadas à polícia pela assessoria do vice-governador, que acumula a função de secretário de Obras.
No último sábado (28), o apartamento de uma juíza, também localizado no Leblon, foi alvo de bandidos. A magistrada saiu de casa e ao retornar percebeu que a portava estava arrombada. Os marginais levaram bijuterias e peças de roupa. Na última semana, dois imóveis foram roubados no Jardim Botânico, também na Zona Sul do Rio.
Enquanto os criminosos agem deliberadamente, Sérgio Cabral Filho tenta montar uma história para explicar sua amizade bisonha com o empresário Fernando Cavendish, dono da Delta Construções e acusado de envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.