Discursos palacianos não batem com a realidade da economia nacional e os números do Banco do Brasil

Curto-circuito – Dilma Vana Rousseff e seus ministros da área econômica insistem em dizer que tudo vai bem, mas a realidade é outra ao ser traduzida em números. Em dezembro de 2008, quando o então presidente Luiz Inácio da Silva pediu aos brasileiros a elevação do consumo como forma de minimizar os efeitos da crise financeira internacional, o ucho.info afirmou que se tratava de um pleito temeroso, que aumentaria o endividamento das famílias e aceleraria a inadimplência. E o resultado não foi outro.

Agora, com o Palácio do Planalto novamente apostando no consumo interno para conter as consequências da crise que afeta a União Europeia, Dilma elegeu os bancos privados como vilões e vem cobrando sistematicamente a redução das taxas de juro, como se isso acontecesse no grito. No discurso do Dia do Trabalho, a presidente repetiu a cobrança e disse que a maioria do povo brasileiro é bom pagador.

Nesta quinta-feira (3), o Banco do Brasil divulgou dados que contrariam a fala de Dilma Rousseff. No primeiro trimestre de 2012, o lucro do BB foi de R$ 2,5 bilhões, com queda de 14,7%, se comparado com o mesmo período do ano passado, quando o lucro foi de R$ 2,932 bilhões. Comparado com o quarto trimestre de 2011, o lucro do BB nos primeiros três meses do ano recuou 15,8%. A instituição justificou a queda no lucro com a adoção de medidas para se prevenir contra a inadimplência.

Para mostrar que a aposta do governo é errada, a venda de automóveis registrou o pior abril desde 2009, quando os efeitos da crise do “subprime” norte-americano começavam a desembarcar no território brasileiro. Em relação ao mesmo mês de 2011, a venda de automóveis registrou queda de 10,3%. Em comparação a março deste ano, a queda foi de 13,8%. Entre as causas desse recuo, três merecem destaque: a redução nos empréstimos para compra de veículos, as ações sobre o setor financeiro e a cautela do consumidor diante da crise internacional.

Até agora, Dilma não mostro a que veio. Não transformou em realidade as promessas de campanha e muito menos se livrou dos corruptos que flanavam na Esplanada dos Ministérios durante a era Lula. Apenas substituiu-os por prepostos menos comprometidos. Imaginar que a economia mudará de rumos com discursos tão populistas quanto oportunistas é prova de incompetência.