Como antes – Ao decidir pelo nome de Brizola Neto para assumir o Ministério do Trabalho, a presidente Dilma Rousseff contrariou o PDT, que viu o presidente da legenda, Carlos Lupi, ser apeado do cargo por causa de escândalos envolvendo ONGs. Com a saída de Lupi, em 2011, assumiu interinamente o ministério o secretário-executivo, Paulo Roberto Pinto.
A atitude de Dilma foi interpretada como um aviso de que era preciso mudanças no Ministério do Trabalho, que continua sendo feudo do PDT. Quando deixou a pasta, Lupi tinha Paulo Roberto como seu homem de confiança, tanto é que o partido não chiou durante os cinco meses de interinidade do ministro.
A reconhecida inexperiência de Brizola Neto para o cargo e sua obediência à cúpula do PDT fizeram com que o novo ministro mantivesse Paulo Pinto como secretário-executivo da pasta. Ou seja, querendo ou não a neopetista Dilma, o presidente do PDT continuará palpitando e dando ordens na pasta, mesmo que através de interlocutor. A permanência de Paulo Roberto Pinto na secretaria-executiva do ministério será útil a Brizola Neto, que tem na agenda de trabalho a unificação do PDT, não assuntos de interesse da pasta e dos trabalhadores brasileiros.