Lei Geral da Copa é aprovada no Senado e responsabilidade pelas consequências deve ser de Lula

Escândalo inusitado – A aprovação da Lei Geral da Copa no Senado, na quarta-feira (9), sem dúvida foi uma descomunal afronta à soberania do País, mas tratou-se do cumprimento do que foi combinado com a FIFA. Quando apresentou a candidatura para sediar a Copa de 2014, o governo brasileiro automaticamente concordou as exigências da entidade máxima do futebol mundial. Se algumas nações se curvam às essas exigências absurdas não significa que o Brasil deveria fazer o mesmo.

Sem duvida alguma liberar a venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante a Copa trará consequências enormes à população, que mais uma vez ficará refém de cidadãos que embalados pelo álcool cometem crimes dos mais variados. Considerando que violência nos estádios é algo conhecido dos brasileiros, a eventual desclassificação da seleção verde-loura pode ter desdobramentos inimaginavelmente perigosos.

O perigo maior pode surgir em um segundo capítulo, pois esse criminoso atropelamento do Estatuto do Torcedor, que permitiu a venda de bebidas nas arenas esportivas, já está sendo considerado como um atalho para que a concessão pontual seja eternizada. Essa manobra de agora não foi apenas para atender Às exigências da FIFA, mas para encher os bolsos dos que participaram da operação. É bom esclarecer que na política nada acontece de graça, pois um mandato eletivo, por seu custo antecipado, é um negócio milionário e cruel.

O que os brasileiros devem fazer, de agora em diante, uma vez que a Lei Geral da Copa receberá a sanção presidencial, é creditar a Luiz Inácio da Silva, considerado por muitos uma divindade, a responsabilidade por todas as consequências dessa concessão absurda que fere de morte o Estado. Lula, que jacta-se de ser uma espécie de reencarnação de Messias, deveria responder na Justiça por essa acintosa manobra. Quando um povo permite silenciosamente que suas leis sejam aviltadas por um bando de saltimbancos, é porque o fim já chegou e ninguém percebeu. Enfim, como disse certa feita o apedeuta Lula, “nunca antes na história deste país”.