Lotação total – A cada novo dia que surge, a chance de a Copa do Mundo de 2014 ser um fiasco cresce forma assustadora. Com as obras dos estádios atrasadas e o ritmo lento da remodelação e modernização da infraestrutura das cidades-sede, o mais importante evento do futebol agora sobre com o fantasma da hospedagem.
Sem investimentos no setor capazes de fazer frente à demanda, a hotelaria brasileira já pensa em aproveitar o Mundial de futebol para subir as tarifas, como se o Brasil oferecesse hospedagem compatível com os preços cobrados. Na capital paulista, que sediará o jogo de abertura da Copa, hotéis três estrelas já cobram o equivalente a US$ 200 a diária nos finais de semana, oferecendo em troca ao hóspede um apartamento que deixa a desejar e serviços nem sempre à altura.
Por conta desse repentino aumento de preço das diárias, que deve subir ainda mais durante a Copa, muitos turistas estão deixando de vir ao Brasil e realizando reuniões virtuais com o auxílio de satélites e da rede mundial de computadores. Enquanto os hoteleiros caminham sobre salto alto, os empresários da motelaria se preparam para receber os turistas que virão ao País para acompanhar o certame. Aliás, muitos motéis de São Paulo e Rio de Janeiro se transformaram na alternativa daqueles que visitam com regularidade as duas mais importantes cidades brasileiras. Em períodos de shows de artistas internacionais, os motéis têm registrado ocupação total.
Para evitar que o caos se concretize, a Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados deve realizar, no segundo semestre, uma audiência pública com representantes do setor hoteleiro nacional. A reunião por si só pouco resolverá o problema, uma vez que incentivar o turismo requer do governo mais atenção ao setor. Prova maior do temor que flana sobre as autoridades foi o pedido do governo para que famílias recebam em suas casas os turistas que vierem ao País para a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.