Tudo combinado – Há alguns meses, o ucho.info alertou para a sequência de greves e paralisações de diversas categorias de trabalhadores, como parte da estratégia do PT de desestabilizar a disputa pela prefeitura paulistana, que de acordo com recentes pesquisas de intenção de voto é liderada pelo tucano José Serra.
Com diversas centrais sindicais comandadas por “companheiros”, o Partido dos Trabalhadores tende a incentivar cada vez mais os movimentos grevistas, pois o candidato da legenda à prefeitura da maior cidade brasileira, Fernando Haddad, continua empacado no fim da fila com irrisórios 3% de intenção de voto. Com a decisão da senadora Marta Suplicy (PT-SP) de contestar a candidatura de Haddad, as armadilhas petistas ao longo do caminho eleitoral serão muitas.
A paralisação por tempo indeterminado dos metroviários é o primeiro exemplo dessa estratégia covarde e rasteira, que prejudica milhões de cidadãos que se valem do Metrô como principal meio de transporte. Na manhã desta quarta-feira (23), primeiro dia de greve, a cidade de São Paulo registrou 249 km de congestionamento, recorde histórico.
Escandalosamente “político-eleitoreira”, a greve contraria decisão da Justiça do Trabalho, que determinou aos metroviários a manutenção do serviço com 100% da frota nos horários de pico e 85% no restante do dia.
Os representantes dos grevistas alegam que o objetivo não é prejudicar a população, mas as consequências produzidas pela paralisação em uma metrópole complexa como São Paulo são incalculáveis. A paralisação foi deflagrada não apenas porque a categoria não chegou a um acordo salarial com a diretoria do Metrô, mas para desgastar a imagem do PSDB junto à população da capital paulista. Tanto é assim, que inconformados usuários do Metrô tiveram de enfrentar policiais militares após depredarem ônibus e bloquearem a via Radial Leste, na altura do bairro de Itaquera, no extremo leste da cidade.
Acostumado a desdenhar a resistência oposicionista na esfera federal, o PT tenta chegar ao comando da maior cidade brasileira por meio de ações rasteiras e criminosas, que configuram desrespeito aos cidadãos que ficam proibidos de exercer o direito de ir e vir com greves como a dos metroviários. Resta torcer para que os eleitores paulistanos percebam as reais intenções dessa greve e respondam à altura nas urnas de outubro próximo, pois do contrário o Brasil dará mais um largo passo rumo à ditadura civil.