Ladeira abaixo – O discurso ufanista do Palácio do Planalto acerca da economia desmorona a cada novo dia que surge. Para provar que as autoridades econômicas do governo da neopetista Dilma Rousseff induzem a boa parte da opinião pública a erro, o mercado financeiro nacional reduziu, pela terceira semana consecutiva, a estimativa de crescimento da economia em 2012. De acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira (28) pelo Boletim Focus, do Banco Central, analistas projetam o crescimento da economia em 2,99%, contra 3,09% da previsão anterior. Para 2013, o mercado manteve a projeção de crescimento da economia em 4,5%.
Em relação ao dólar, os especialistas creem que a moeda norte-americana fechará o ano valendo R$ 1,90, contra R$ 1,85 da previsão anterior. Em relação à inflação, pela segunda semana seguida a previsão de alta do IPCA em 2012, caiu de 5,21% para 5,17%. É importante lembrar que o governo trabalha com o centro da meta inflacionária em 4,5%, com variação de dois pontos para mais ou para menos.
Na seara da Taxa Básica de Juro, os profissionais do mercado financeiro apostam em redução de meio ponto percentual na reunião do Copom da próxima quarta-feira (30), o que faria com que a Selic passasse a valer 8,5% ao ano. Até o final de 2012, a previsão é que a Selic alcance a marca de 8% ao ano.
Esse cenário mostra que o governo perdeu a mão no controle da economia, pois é sabido que inflação resistente, crescimento econômico abaixo das expectativas e dólar em alta representam uma receita explosiva. Fora isso, o consumismo incentivado pelo Palácio do Planalto turbinará o endividamento recorde das famílias e impulsionará a inadimplência, algo que já preocupa as instituições financeiras.
Enquanto os palacianos brincam de controlar a economia, o governo deixa de fazer os investimentos necessários para que as esperadas mudanças ocorram de forma efetiva e permanente. Querer que o setor automobilístico seja o escudo do País contra os efeitos da crise que chacoalha a zona do euro é passar recibo de amadorismo e incompetência. Fato é que até agora não surgiu um petista corajoso para falar sobre a herança maldita de Lula e criticar a bolha de virtuosismo lançada pelo ex-presidente.
