Na moita – Dilma Vana Rousseff e o antecessor Luiz Inácio da Silva acreditam que o Brasil vive à sombra de uma frondosa lona e que o território nacional é um enorme e superlotado picadeiro. Desmascarado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, Lula nega ter chantageado o magistrado para conseguir o adiamento do julgamento do Mensalão do PT. Passando mais uma vez por injustiçado, o mesmo Lula confirmou o encontro com Mendes, mas negou o teor das declarações do enraivecido ministro.
Diante da possibilidade de uma crise institucional entre o Executivo e o Judiciário, a neopetista Dilma Rousseff reuniu-se na terça-feira (29) com o presidente do STF, Carlos Ayres Britto, mas nesta quarta negou que a conversa entre ambos tenha girado em torno do imbróglio envolvendo Lula e Gilmar Mendes. Afirmou a presidente, em nota oficial, que é inverídico o teor da matéria sobre encontro publicada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.
Nesta quarta-feira, o outrora falador Luiz Inácio da Silva, que por covardia adotou silêncio obsequioso, almoçou com a pupila Dilma no Palácio da Alvorada, mas o cardápio do regabofe político-partidário não foi divulgado. Pela reação de ambos, que depois do encontro não falaram com a imprensa, não é difícil adivinhar o assunto tratado.
Elogiado por Dilma Rousseff durante cerimônia palaciana a que não compareceu, Lula esteve em Brasília para proferir palestra no “Fórum Ministerial de Desenvolvimento”. Por certo, o ex-metalúrgico despejou sobre a plateia as supostas conquistas de seu governo, mas nesse discurso não encontraram espaço o endividamento recorde das famílias, a disparada da inadimplência, o consumismo irresponsável que tomou conta da população, a falta de investimentos em infraestrutura e outras duras realidades que não cabem em tão pouco espaço jornalístico.