Sem dormir – Confirmando o que noticiou o ucho.info sobre as consequências que o governador Sérgio Cabral Filho, do Rio de Janeiro, terá de enfrentar com a quebra em âmbito nacional dos sigilos da Delta Construção, a CPI criada para investigar a rede de relacionamentos do contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, já teve acessos a dados que podem implodir o governo fluminense.
Uma das empresas fantasmas do esquema, que recebeu da Delta de uma só vez quase R$ 500 mil em transferência bancária, está registrada no nome de uma humilde moradora do bairro do Encantado, no subúrbio carioca, semi-analfabeta e que trabalha como auxiliar de serviços gerais em empresa que presta serviços ao governo do Rio.
Para elevar o indisfarçável desespero do governador Sérgio Cabral Filho, as empresas fantasmas montadas pela Delta no Rio de Janeiro, com o objetivo de abastecer financeiramente alguns políticos, movimentaram ilegalmente, segundo levantamento parcial de informações, mais de R$ 40 milhões.
O conluio entre o PMDB e o PSDB para evitar a convocação de Sérgio Cabral pela CPI do Cachoeira tornar-se-á inócuo quando os dados provenientes da quebra do sigilo da Delta, aprovado na terça-feira (29), chegarem à CPI e forem cruzados, desmoronará o castelo de areia mal assombrado erguido pela empreiteira, com a ajuda das empresas fantasmas e dos políticos beneficiados com o dinheiro imundo. Quando isso acontecer, será difícil esconder o esquema escuso envolvendo o contraventor Carlinhos Cachoeira, o festeiro Fernando Cavendish (antigo dono da Delta) e o agora calado e sumido Sérgio Cabral Filho.
Em um país minimamente sério, com políticos que ostentam doses rasas de responsabilidade, Cabral Filho já estaria em casa, correndo o risco de fazer companhia a Cachoeira em seu novo endereço, o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
Confira abaixo a entrevista em que Sérgio Cabral Filho se irrita quando perguntado sobre a quebra dos sigilos da Delta Construção