Planalto insiste no discurso do desenvolvimento sustentável, mas obras da Copa estão longe disso

Discurso às avessas – O governo da presidente Dilma Vana Rousseff embarcou no discurso fácil do desenvolvimento sustentável, mas a realidade brasileira está distante desse conceito que levou a Organização das Nações Unidas a promover a Rio+20.

Entre os tantos itens que desmontam o discurso palaciano está o conjunto de obras para a Copa do Mundo de 2014. Um dos pontos polêmicos é a construção dos estádios, alguns deles classificados como sustentáveis, mas que após a realização do evento serão transformados em verdadeiros “elefantes brancos”, se considerarmos a falta de uso, a exemplo do que ocorre na África do Sul,, onde o governo não descarta a possibilidade de demolir algumas das arenas erguidas para o Mundial de 2010.

E por falar em África do Sul, na terra de Nelson Mandela virou piada a preparação da Copa no Brasil. Quem acompanha as notícias verde-louras na África não perde a oportunidade de fazer algum chiste quando encontra um brasileiro pela frente.

Se o governo não se empenhar no cumprimento do cronograma das obras de infraestrutura, a Copa de 2014 será um enorme fiasco, algo bem diferente do que profetizou Luiz Inácio da Silva, em outubro de 2007, quando a FIFA anunciou o Brasil como sede da competição. À época, Lula disse, em meio às comemorações, que o Brasil realizaria a melhor Copa de todos os tempos.