Jogo sujo – O repentino recrudescimento das ações do crime organizado, que aterrorizam a população da maior cidade brasileira, é missa encomendada por políticos desqualificados que desejam a vitória a qualquer preço, mas o governador Geraldo Alckmin precisa dar um basta a esse movimento que tem os presídios paulistas como nascedouro.
Desde o último dia 22 de junho até a madrugada desta quarta-feira (4), a região metropolitana de São Paulo foi palco de dezesseis incêndios de ônibus. Trata-se de uma operação orquestrada para comprometer determinadas campanhas eleitorais, pois comandar as principais cidades do mais importante estado brasileiro é o sonho de alguns partidos. E para que o sonho tenha a mínima chance de se transformar em realidade, tudo é válido, mesmo que para isso seja necessário desrespeitar a lei.
Em 2006, quando o PT e o PSDB se engalfinhavam na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes e Palácio do Planalto, a capital paulista foi alvo de seguidos ataques da facção criminosa que domina as unidades prisionais do estado, com direito a momentos de cidade-fantasma, o que levou a população ao pânico.
Se naquela ocasião foi importante destacar a conversa entre integrantes da tal facção criminosa que pediam voto em determinado candidato do PT, agora faz-se necessário lembrar que Lula, dias atrás, disse que para eleger Fernando Haddad como prefeito de São Paulo estava disposto a morder a canela dos adversários. Não que Lula tenha alguma ligação com os recentes ataques, mas o problema está na forma como parte da militância interpreta essas mensagens chicaneiras.