Aumento do número de famílias endividadas reforça o viés falacioso da política econômica de Lula

Favas contadas – Quando, no final de 2008, o então presidente Luiz Inácio da Silva ocupou os meios de comunicação para pedir aos brasileiros a manutenção em níveis elevados do consumo interno, como forma de minimizar os feitos da crise internacional que teve os Estados Unidos como nascedouro. O ucho.info alertou para o perigo do discurso presidencial, pois as consequências imediatas seriam, como de fato foram, o endividamento recorde das famílias e a escalada da inadimplência.

À época, Lula, por meio dos seus asseclas, acusou-nos de torcer contra o Brasil. De maneira alguma fizemos figa para que tudo desse errado, mas apenas projetamos o futuro a partir de um raciocínio lógico. É inadmissível gerar consumo sem produção de riqueza individual. Ou seja, o que Lula fez foi apostar na concessão de crédito fácil para estimular o consumo.

De acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), cujos resultados foram divulgados nesta terça-feira (17), o contingente de famílias brasileiras endividadas cresceu em junho, saltando de 46,5% para 47%. No contraponto, o valor médio das dívidas caiu de R$ 5.528,17 (maio) para R$ 4.943,88.

O dado mais preocupante da pesquisa do Ipea confirma o alerta feito por este noticioso. Para 14% das famílias, a dívida correspondia, por ocasião do levantamento, a mais de cinco vezes a renda mensal. Para 21% delas, o passivo estava entre duas e cinco vezes a renda familiar.

Foi na esteira dessa fórmula mágica que o governo do messiânico Lula comemorou a chegada de 40 milhões de novos consumidores na chamada classe média, festejos esses que foram incorporados pela sucessora do ex-metalúrgico, a neopetista Dilma Vana Rousseff, que está às voltas com a herança maldita que recebeu.