Mãos ao alto – Cada vez mais voraz quando o assunto é a cobrança de impostos, o Estado, como um todo, não se preocupa com a devida contrapartida ao contribuinte. Quando uma nação permite que mais de um terço de sua riqueza advenha dos impostos, seu futuro é preocupante. Sempre vivendo à sombra da pirotecnia oficial, os governos (federal, estaduais e municipais) gastam boa parte do dinheiro arrecadado na manutenção das respectivas máquinas, sempre repletas de aliados e apaniguados.
Às 12h10 desta quinta-feira (2), o Impostômetro instalado na sede da Associação Comercial de São Pau (ACSP), no centro da capital paulista, alcançou a incrível marca de R$ 900 bilhões. Esse é o valor que saiu dos bolsos dos brasileiros, até agora, para o pagamento de impostos e tributos. Em 2011, a mesma marca foi alcançada em 18 de agosto, ou seja, dezesseis dias mais tarde.
Essa antecipação mostra não apenas a sanha arrecadatória do Estado, mas também e principalmente a incompetência da extensa maioria dos governantes, pois não há como negar que o País vive um momento de caos em termos de infraestrutura.
De acordo com a ACSP, o valor arrecadado em impostos até agora seria suficiente para construir cerca de 26 milhões de casas populares ou mais de 65 milhões de salas de aula totalmente equipadas. Mesmo assim, a casa própria continua sendo o sonho da maioria e a qualidade da educação deixa a desejar.
Quem pensa que o referido montante sacia a fome do Estado que se prepare, pois neste ano a mordida será maior do que em 2011, quando os brasileiros pagaram R$ 1,51 trilhão em impostos e tributos. A previsão é que em 2012 os contribuintes acabem desembolsando R$ 1,6 trilhão. O mais incrível nessa fábula numérica é que tudo acontece sem que o Estado seja devidamente cobrado. Quando deixamos de pagar os impostos, sempre surge um agente público para cobrar e intimidar. Que assim seja com os governantes. Mexa-se Brasil!