Casa da luz vermelha – Com a proximidade do julgamento do escândalo do mensalão, o maior caso de corrupção da história brasileira, o PT recrudesceu o discurso de que tudo não passou de invencionice da imprensa e dos partidos adversários. Uma falácia desmedida, pois é sabido que o mensalão permitiu que o rolo-compressor do Palácio do Planalto circulasse impunemente no Congresso Nacional.
Depois da primeira chicana jurídica para comprometer o cronograma do julgamento no Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral da República faz a leitura da denúncia, de forma detalhada, dissecando a atividade de cada um dos acusados no esquema de compra de apoio parlamentar por meio de mesadas regulares.
A farsa que o PT tenta levar à opinião pública começa a se desmontar minuto a minuto, pois não há como contestar o que está documentado. Mesmo que não estivesse calcada sobre provas irrefutáveis, a simples desconfiança de que o mensalão ocorreu seria suficiente para a sociedade banir o PT da política nacional. Mas há provas de sobra no inquérito que deve contemplar com a condenação essa quadrilha que faz inveja a Ali Babá.
Durante a leitura da denúncia, Roberto Gurgel, ao falar sobre os recursos movimentados pelo esquema criminoso, afirmou, em dado momento, que “a retirada dos valores do mensalão às vezes era de tal volume que impunha a utilização de carros-fortes”. Ora, isso é motivo suficiente para se requisitar à empresa de transporte de valores a documentação relativa à mencionada retirada de dinheiro.
Que o Mensalão do PT é uma ópera bufa todos sabem, mas a situação ficaria ainda pior se algumas garotas de programa, que atuavam deliberadamente em Brasília à época dos fatos, fossem arroladas no inquérito, já que por diversas vezes foram responsáveis por pagamentos a mensaleiros adeptos da prostituição.
Chegar a esse nível de degradação seria colocar o Brasil na vala do achincalhe, mas foi exatamente isso que ocorreu na capital dos brasileiros no período que vigorou o tal Mensalão do PT. As garotas de programa não apenas realizava as fantasias sexuais desses falsos paladinos da moralidade, mas também funcionavam como “trens-pagadores”.